A XVI Feira da Indústria do Pará (FIPA) trouxe à tona discussões essenciais para o futuro do setor industrial brasileiro no painel “Nova Indústria Brasil: oportunidades e desafios para o desenvolvimento da indústria nacional”. Realizado na noite desta quinta-feira, 23, o painel reuniu especialistas, empresários e autoridades para debater os rumos da indústria nacional e como ela pode se tornar mais competitiva e sustentável a partir da nova política pública que prevê R$ 300 bilhões em financiamento para impulsionar a retomada da produção industrial no país.
Entre os painelistas estiveram o diretor de Tecnologia e Inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Jefferson Gomes (foto acima); Tiago Peroba, representante do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Kallil Maia, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O painel fez parte da sequência de apresentações simultâneas realizadas no auditório do Hangar Centro de Convenções da Amazônia, como parte da programação do Congresso Técnico que encerra nesta sexta-feira, 24. Mais de 50 palestrantes participam da dinâmica, que conta com plateias lotadas.
Em seu conjunto, a Nova Indústria Brasil (NIB) é uma política pública do governo federal, com metas até 2033, para fortalecer a indústria brasileira. A estratégia conta com R$300 bilhões em crédito para projetos em pesquisa e inovação para encontrar soluções para problemas bem reais do brasileiro em saúde, infraestrutura, transformação digital, bioeconomia, descarbonização e defesa. O plano levará investimentos em tecnologia e inovação para dentro das indústrias, gerando mais produtividade, sustentabilidade e competitividade.
O diretor da CNI, Jefferson Gomes, reforçou a importância do investimento em inovação para que as indústrias consigam mais competitividade. “A tendência natural de quem tem sua empresa é ofertar sua competência. O problema é que para saber quanto se deve investir, você precisa entender qual a sua demanda”, ponderou.
“Trabalhar com nosso recurso, com o dinheiro interno, é sempre mais complicado. Contudo, não existe retorno sem investimento. Se você para de inovar, a probabilidade de você ser ultrapassado é muito grande”, afirmou Tiago Peroba durante o debate, mediado pela jornalista Priscilla Castro.
Natural do Pará, Kallil Maia, da Finep, reafirmou a importância da indústria para a economia nacional e regional. “Precisamos verticalizar nossos recursos, construir siderúrgicas, fábricas de chocolate e de açaí. Sabemos que uma indústria emprega muita gente, além do operário, emprega o contador, o engenheiro, etc. Então, precisamos criar mão de obra especializada e aproveitar o trabalho local”, finalizou.
A XVI Feira da Indústria do Pará tem a realização da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA); apoio do Governo do Estado, Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e Confederação Nacional das Indústrias (CNI); patrocínio Diamante da Albras, Hydro, Vale e SEBRAE; patrocínio Ouro da Norte Energia, Apex Brasil, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Huawei e Banpará; patrocínio Bronze da Agropalma, Alcoa, Banco da Amazônia, Cargill, Solar Coca-Cola; apoio cultural da Equatorial Energia; e apoio institucional do Fórum das Entidades Empresariais do Estado do Pará e Natura.